quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Ausência cheia de presença.

entro no elevador do trabalho, e logo vem a lembrança do elevador do seu prédio, eu preciso também
parar no 8° andar,e toda essa coincidência, é pra sempre ter de lembrar, eu acho.
é epelhado, igual o elevador que você sempre chamava e gostava mais. me olho nesse e agora não vejo você por trás me abraçando, ou do meu lado com cara de sono assim quando me levava bem tarde até lá embaixo.

eu poderia pensar em tudo, mas me lembro muito do elevador.
eu tinha uma certeza de que quando eu saísse de dentro do elevador você estaria ali, não ali fisicamente assim como hoje, você não está, mas não está mesmo. e eu penso em quem vai me esperar sair do elevador?
talvez o elevador faça parte de tanta coisa, e a gente nem aí.
nas brigas, eu sempre corria até ele e era tão bom quando você me impedia de fechar a porta do elevador, quando você não vinha, era sensação de medo, mas de esperança, é eu ainda tinha esperança de te encontrar
lá fora.
eu lembro a última vez, quando estava indo embora, você ficou me olhando da porta, esperando eu entrar e eu já não estava bem, eu odiei o elevador e hoje ele me faz tanta falta.
qualquer dia eu sei (talvez), vou entrar e nem vou te perceber. que ausência cheia de presença.


POR: MANU BRABON

obs: eu nunca posto coisas que eu não escrevo aqui no blog..só que hoje foi diferente.

Um comentário:

  1. hahahaha adorei!

    Que bom que começou com um texto meu. Muito bons os seus também. Parabéns!

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